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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Sono

Não sei porque tenho tanto sono, se durmo bastante tenho sono, se nao durmo tb tenho. Talvez se eu mudasse alimentação eu tivesse mais disposição, vitalidade. Acho lindo quem vive de bom humor e esta sempre bem disposto, queria ser assim, mas fazer o que se a preguiça não sai de mim?

sábado, 27 de dezembro de 2014

Retrospectiva II

Segundo a minha mãe, é chato assistir retrospectiva porque só passa coisa repetida.

10 meses

Hoje 27/12/14 Lulu faz 10 meses. Ela bate palma, engatinha, quer andar, manda beijo, faz com a cabeçã 'não' e dá tchau. Ah, também dança, só ter música e ela começa dançar, mas também, todo mundo vive bailando com ela...
Minha linda, daqui dois meses, um ano! No carnaval.


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

domingo, 21 de dezembro de 2014

Buquê

Hoje vi na rua um menino todo moderninho de camisa xadrez e apressado levando um buquê de rosas parecido com esse



Chamou minha atenção, porque, homem nenhum [ou quase nenhum] faz isso nos dias de hoje, ainda mais um moço novo. Gostei de ver.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Retrospectiva

Não quero ser ingrata, mas ô aninho pra apagar da memória esse de 2.014!!
Claro que tem as coisas boas, saúde, paz, amor, o queimporta de verdade.
Mas os altos e baixos e surpresas que a vida nos manda esse ano se superou, me arrisco a dizer que a única coisa boa foi o nascimento da Luíza.
Esse ano: meu marido ficou desempregado e eu também, quase surtamos, cuidei da Lulu sozinha enquanto marido estudava pra um concurso, ele não passou. O Nando ficou doente e por causa de uma sinusite mal curada ficou internado 5 dias no hospital tomando Rocefin, acho que nem comentei aqui pois não gosto nem de lembrar. Colheu líquior da coluna para descartar a suspeita de meningite [graças a Deus deu negativo] sofreu demais no hospital, com várias picadas pra tirar sangue, chorou demais. Esse ano nós pegamos uma virose, eu, meu marido Nando e Lulu, diarréia e vômito, eu fui duas vezes ao PA tomar soro e ainda levei a Lulu ao PA, mal conseguia parar em pé e ela tinha no máximo, tres meses. Minha irma foi morar na Irlanda e ficamos longe praticamente o ano todo. Minha mãe entrou em depressão e isso foi desesperador, enfim, chega!
Agora as coisas estão se ajeitando, minha mãe está ótima, meus filhos tb, eu, meu marido, minha irmã, toda a família está bem. Meu marido trabalhando e eu estudando...estou amando estudar! Demorou mas passou a maré! Quando vem uma coisa é uma atrás da outra..tomara que as coisas boas tb sejam assim.
Ah, o que tb me aconteceu de bom em 2014 foi encontrar o Centro Espírita Ataíde, e resolver parar de beber.  beber menos.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Caminhando e ouvindo...

Depois de muitos anos descobri que eu não gosto de música, porque me dá nostalgia.
Então, achei algumas bandas que não me deixam tristes e estou a procura de mais, só estou selecionando porque estou fazendo caminhada, pois nem ligo pra música, passo dias sem ouvir e não sinto falta.











segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

De volta ao meu aconchego

Estou numa fase meio crítica da minha vida.
Tô de férias da faculdade, primeira férias! Fechei em todas as matérias: Anatomia I, Fundamentos da Fisioterapia, Bioquímica, Biologia e Histologia, Responsabilidade Social e Meio Ambiente, Biofísica. Ufa!
Ah, eu falei que estou estudando Fisioterapia, né? Consegui bolsa de 100% pelo Prouni, estou AMANDO!! Coloquei na minha lista que desejo medicina, mas pra falar a verdade, medicina seria mais por dinheiro, já que ganha mais que fisioterapeuta...mas a Fisioterapia seria [e é] por amor! Eu amo ver o resultado nos pacientes, principalmente os que precisam de fisioterapia neurológica, aliás, quero me especializar nisso. Acho que vou ficar com a fisio mesmo...dinheiro e posição social não é tudo nessa vida.

A vida segue normalmente, Nandinho crescendo e Lulu também, super esperta, já dá tchau e manda beijo rs.
A situação financeira está complicadíssima, tenho até jogado na loteria rs. Preciso trabalhar urgente, mas o meu pai e mina mãe não querem que eu trabalhe, pois nao querem a Lulu na creche, mas ao mesmo tempo meu pai tb está desempregado e está passando apertado pra nos ajudar. Tá crítica a situação.

Nando está ótimo de saúde, graças a Deus!

Eu que estive meio mal de pensamentos, pois tomo o fluoxetina, faço acompanhamento com psiquiatra, mas andei bebendo demais, isso cortou o efeito do remédio e pensamentos terríveis me invadiram, incontroláveis, coisas que nem quero escrever, prefiro deixar pra lá e a cada coisa negativa pensar duas positivas.

Por causa disso, desses pensamentos, resolvi escrever um livro rs. O nome ainda não sei, mas sei que será sobre uma senhora que sonhou a vida toda em conhecer o mundo mas por força do destino foi impedida. Fim. Gostaram do livro? kkkkk

Quanta coisa, né? De pouquinho em pouquinho um POUCÃO!

Beijos, até mais :)

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Planos :)

101 coisas pra fazer em 1.001 dias
Início: 01/11/2.014
Fim: 29/07/2.017

Concluído
Em andamento

(lista em construção)

1- Fazer tatuagem
2- Doar sangue
3- Me tornar doadora de medula óssea
4- Passar em medicina
5- Fazer 900 pontos no ENEM
6- Ler um livro por bimestre   (Lendo "Dom Casmurro" 24/11/14 - não terminei
Lendo "Os quatro Evangelhos" 01/01/15. Logo após quero passar pra Bíblia.) 
7- Pesar no mínimo 55 quilos  (usando o aplicativo Myfitnesspal)
8- Sair um dia tirar fotos
9- Fazer um ensaio fotográfico com Nando e Lulu
10- Assistir jogo no estádio
11- Ir a um show
12- Ir ao restaurante japonês
13- Fazer escova progressiva
14- Terminar um jogo de vídeo-game (Jogando Lego City)
15- Ir ao teatro
16- Participar de uma corrida
17- Ir à praia com as crianças
18- Alugar uma chácara e levar a Nina e a Dora
19- Usar aliança
20- Comprar uma roupa, calçado e bolsa que eu queira
21- Aprender alguma coisa/palavra todo dia
22- Escrever no blog
23- Melhorar auto-estima
24- Entender política
25- Ter as unhas bonitas
26- Andar de bicicleta
27- Montar um álbum de fotos
28- Deixar a casa mais aconchegante e charmosa
29- Ter flores
30- Assistir uma série legal até o final (Assistindo The Walking Dead)
31- Ir à 25 de Março
32- Comprar livros didáticos infantis
33- Enfeitar minha casa no Natal
34- Comprar um biquíni perfeito e usar
34- Comprar um sutiã perfeito e usar
35- Comprar um conjunto de calcinha/sutiã
36- Ler um livro com a minha mãe
37- Andar de patins
38- Comprar um dicionário
39- Dançar
40- Usar mini-saia
41- Escolher uma escola de samba
42- Comprar um Atlas ou globo
43- Fazer pique-nique
44- Encontrar com velhas amigas
45- Ir ao Kingsford e sentar no balcão
46- Assistir um stand up comedy
47- Pintar um gesso
48- Ir ao museu
49- Ir à uma exposição de quadros
50- Ir à um festival de dança
51- Fazer um gráfico de peso x tempo  01/11/2014
52- Fazer uma lista de 10 livros, no mínimo, e ler 
53- Fazer uma lista de 10 filmes, no mínimo, e assistir
54- Assistir ao vivo uma orquestra sinfônica
55- Comprar um jeans Revanche
57- Fazer uma torta de maçã deliciosa (o Nandinho já me pediu 3 vezes)
58- Dar um abraço no meu pai
59- Comer pizza de muçarela
60- Ir ao programa do Silvio Santos
61- Experimentar frutas novas
62- Deixar de beber
63-Escrever um livro

domingo, 27 de abril de 2014

Amamentação parte II - em casa.

Cheguei em casa decicida! Não daria o peito, só o NAN, até o mamilo sarar. E assim foi nos primeiros dias, até que ela parou de fazer cocô. Ficou um dia inteiro sem fazer e com cólicas, eu já sabia que era o NAN o vilão e cmecei a me desesperar. A angústia voltou, a cada choro dela um choro meu, muito medo de dar o peito, passava o dia contando os minutos com medo da hora da fome.
Fiz como fiz com o Nando, comecei a tirar o leite com a bombinha e deixar na geladeira, quando ela chorava eu enchia a mamadeira e dava o LM.
Acontece que um vidro de LM quase não dava pra nada, de hora em hora mamando, 200 ml acabava rapidinho. Era um saco tirar o leite, mas era a solução. Acontece que ao tirar com a bombinha o leite não desce tanto como quando o bebê suga, e a bombinha começou a machucar o mamilo, a deixar roxo e muito, muito dolorido. Eu não consigo ordenhar com a mão, meu leite não espirrava, só escorria, e não ia pra dentro do recipiente, então parei com a bombinha e passei a dar um peito que não estava doendo tanto, o outro que doía mais eu usei a concha.
Aí, a concha me salvou e me ferrou ao mesmo tempo. Salvou por nao ter deixado empedrar (meu maior medo!) mas me ferrou. Talvez por ter o seio muito grande, o bico prendia demais dentro da concha, formava uma bola enorme, ficava roxo e parecia cortado em volta, muito, muito dolorido.
Fiquei assim dando um peito e com a concha no outro que só piorava a situação, então inventei de deixar a concha e tirar o leite pra não empedrar, doía muito pra tirar, mas era o jeito.
Um dia dormi algumas horas, umas duas ou três, e quando acordei meu seio estava enorme, pesadíssimo, duro! O pesadelo quase se tornou real, o leite quase empedrou! Voltei com a concha na mesma hora.
Comprei a Lansinoh, paguei R$60,00. Teria pago até mais, mas nao resolveu muita coisa na hora, porque a concha realmente machucava. um dia chorei muito de dor, pois sentia fisgadas fortíssimas no mamilo, tirei a concha e era impossível tocá-lo. Chorei muitas vezes...
Minha mãe deu a idéia:  cortei um absorvente ao meio e fiz um buraco, colocava  o absorvente antes da concha, assim a pressão no mamilo era menor, e funcionou, fiquei assim por uns dias até que voltei a dar os dois seios, mas nisso eu ja tinha trocado umas duas vezes, pois quando sarava um machucava o outro e vice versa. A Luíza parecia que pegava certo, mas fazia barulho ao mamar, o que parece ser errado. Eu tirava e colocava mil vezes e as mil vezes fazia barulho. Hoje eu acho realmente que a boca dela era pequena para o tamanho do mamilo.
Enfim, depois do absorvente com buraco, parei de usar as conchas, pois estava ficando sem leite. Mas, ao passar a pomada e deixar o mamilo em contato com sutiã ou absorvente não adiantava muito, a pomada era absorvida pelo tecido, então meu marido teve a idéia: enrolei o absorvente no Magipack, assim podia usar sutiã e a pomada ficava em contato com o mamilo. Foi um tubo de Lansinoh e um de Millar, fiquei assim por 15 dias até que sarou por completo.

No total foi um mês de sofrimento. Só não desisti de amamentar porque o NAN dava cólica. Ah, também tentei o Aptamil, mas se o Nan prendeu, o Aptamil soltou..ficou um cocô aguado e fedido, então não teve jeito. Acho súper válido dar LA até passar essa fase de transtorno da amamentação, mas comigo não funcionou e uma coisa foi puxando a outra, em um mês o que uma coisa funcionava num dia já não funcionava no outro. Foi difícil, muito.

Agora Lulu está com dois meses, hoje exatamente, e estamos tranquilas. Ela mamando super bem, e eu sem dor. Dou mamá deitada, sentada ou do jeito que for. Antes não havia posição que desse jeito, tentei várias.
Mas começou um novo ciclo, volto a trabalhar dia tres de junho, falta pouco mais de um mês e eu já vou começar introduzir o LA. Uma vez por dia, vou começar com 30 ml. Tentei ontem e não obtive sucesso,ela só mamou 10 ml, muito sem vontade, e depois ficou com cólica, acho que pode ter sido o leite, dei o Nan Comfor, já que o Nando só tomou esse...enfim, venho relatar como foi.

É dificil, cada fase de transição, mas passa...e vou fazer com que seja o melhor possível pra nós duas.

O episódio da Fono

Daí que eu estava bem tranquila quando entrou no quarto uma moça bonita com uma prancheta na mão. Ela se apresentou dizendo que era fonoaudióloga e que ia passar instruções sobre amamentação, e veio logo na minha direção.
Formou-se uma rodinha em volta do meu leito no qual eu estava sentada, e ela começou a falar em diminutivo num tom infantil, parecia uma professora ensinando as vogais num primário.
" Então, esse leitinho que vocês tem, é o colostro. Ele é muito importante! É a primeira vacininha do bebê! É importante que ele sugue para a descida do leite, pois a produçao de leite depende de estímulo neurológico! Eu vou ali colocar a minha roupinha e já volto!"
E saiu. O que ela tinha de "meiga" tinha de irritante, mas até aí tudo bem, eu sabia daquelas informações mas as outras mães talvez não soubessem. O problema é que quando ela voltou com aquelas luvinhas maleditas, veio direto na minha direção (de novo) e pediu pra ver meu mamilo. Eu mostrei e ela disse : "HUUMMM, se continuar assim você não vai amamentar nem por mais dois dias! Deixa eu ver a sucçao da sua bebê."
Pegou a Luíza do colo da minha mãe e colocou o dedo na boca dela. Ela ( a fono) fez uma careta, disse que a bebê sugava errado e que ia me ensinar, agora vem a pior parte:
Ela veio colocando a Luíza no meu peito direito, enquanto segurava a bebê do lado contrário e fez a pega no meu mamilo, já tentando empurrar a cabeça da minha filha pra que ela sugasse, nessa hora pensei "Se ela pegar o peito como vou segura-la assim nessa posição?" E eu quis pegar a MINHA FILHA, ela segurou e disse num tom autoritário "Eu estou tentando te ajudar!"
FALOOOOOU A BOA SAMARITANA! Aliás, o que mais tinha naquele hospital. #SQN
Juro que lembrei do Seu Madruga e quase soltei um "MUITO AJUDA QUEM NÃO ATRAPALHA!!!", mas apenas disse "Desse jeito fica difícil.." e ela respondeu me intimando "Que jeito fica dificil?" E eu olhei pra Luíza de "ponta cabeça" e falei "DESSE JEITO!"
Só então ela me deu a minha filha e eu a coloquei no peito, e perguntei : "É assim?" , nem fui irônica, mas ela não gostou e respondeu "Que bom que você sabe!". Virou as costas e foi saindo, mas ainda não era o fim. Minha sogra disse pra ela já de costas "Obrigada enfermeira!" E ela se voltou muito irritada "Enfermeira não! Fonoaudióloga! Doutora!"
Então pensei "Huuum, conte-me mais sobre esse seu doutorado!"

O que será que ela tem contra as enfermeiras, hein?
#ficaadúvida

sexta-feira, 21 de março de 2014

Amamentação no hospital

A amamentação no hospital, como todo o resto, foi o pior possível.

Quando cheguei no quarto, ainda com as pernas amortecidas, meu marido colocou a Luíza pra mamar. Ela ficou em cima de mim e assim que eu coloquei o peito ela sugou na hora e o primeiro comentário que eu fiz foi "Nossa, ela pega direitinho!". Me deu um certo alívio, pensando ingenuamente que se ela pegava certinho eu não teria problemas...ledo engano.
Ela ficou ali, mamando, mamando...minha mãe que estava me ajudando, trocava ela de peito, e ela sugava e sugava. Saía do peito e chorava. Sugou a noite inteira e de manhã percebi que haviam se formado duas bolinhas de sangue no meu mamilo, dois pequenos coágulos, de tanto ela ter sugado e não ter leite pra sair.
Aí começou a maratona, todo mundo me dizendo que criança tinha que ficar no peito o quanto tempo quisesse, pra estimular a descida do leite. Isso significa criança mamando 24 horas por dia, num peito sem leite.
Pausa: a descida do leite é estimulada pela sucção o caralho. Se fosse assim, mãe que tem um bebê natimorto não teria leite. 
Continuando...
Saía do peito e berrava. Todo mundo vinha cheio de teorias e eu só sabia repetir uma coisa: "É fome. É fome. É fome..." Quase um mantra.
Luíza começou a chorar tanto que eu entrei em desespero e coloquei em prática meu plano B. Liguei para o meu pai e disse "Corra na farmácia comprar uma lata de NAN que a Luíza berra de fome e eu não tenho leite!". Ele foi e me trouxe, começou a Operação Leite Artificial. Meu marido colocou água morna numa garrafinha térmica e meu pai levou o NAN e a chuquinha numa sacola enorme, todo um disfarce rolando.
Quando recebi a sacola, ainda resisti por mais umas horas. Quando ela começava berrar de fome (veja bem, nem chorava, berrava mesmo!) eu colocava no peito, mas aquilo foi ficando angustiante, de uma certa forma que eu fiz a mamadeira, com muita dificuldade e como se eu tivesse cometendo um crime, parecia que eu seria presa se alguém visse, até parece que eu estava preparando veneno! Enfim, dei o leite escondido e rapidamente ela mamou tudo. Ficou quieta por umas três horas e depois começou a berrar de novo.
Quando vieram fazer aquele maldito teste de glicemia, a enfermeira se espantou, disse que estava ótimo pra um bebê cuja mãe ainda estava só com o colostro. Me elogiou e disse que era pra continuar assim, colocando ela pra mamar sempre.
Fiquei com medo da glicemia dela subir depressa demais e eles desconfiarem, se isso acontecesse provavelmente não me dariam alta (é o que eu pensava) e passei a dar novamente só o peito.
Um dia depois eu já estava com os mamilos doloridíssimos, assados e começando a rachar. Comecei a passar o Bepantol após cada mamada, pois quando tive o Fernando, o mesmo pediatra que estava lá dessa vez, disse que eu podia passar o Bepantol e nem precisava tirar pra mamada, então, dessa vez passei a fazer isso também, mas para o meu azar, a enfermeira, ou tecnica, me viu passando a pomada e veio me xingar. (levo como xingamento, tamanha falta de educação.) "NÃO PODE!! Quem te orientou a fazer isso?!?!?!?!"
Como quem diz "SUA IDIOTA! QUEM DEU ORDEM PRA VOCÊ FAZER ISSO?? POR UM ACASO EU MANDEI VOCÊ FAZER ISSO???"
E eu disse 'Ninguém deu ordem'. E ela disse 'Então não passe mais!'
Continuei passando escondido, mas toda hora pediam pra ver o meu mamilo e eu tinha que correr tirar a pomada antes que vissem, um saco. A verdade é que se eu não tivesse passado Bepantol teria saído de lá com os peitos em carne viva.
Aí começou a saga do 'Vou te ensinar amamentar'.
Cada hora vinha uma enfermeira com aquela técnica maravilhosa de fazer a pega no meu mamilo e empurrar a cabeça do bebê pra que pegue o mamilo todo. Eu, como da primeira vez, comecei a ficar nervosa com tamanha falta de respeito e já estava com 'sangue no zóio' a ponto de esmurrar a próxima enfermeira que viesse pegar em mim ou na minha filha.
Veio uma, apenas uma, com total respeito. Colocou uma luva,perguntou se podia me ajudar. Eu perguntei 'Posso eu colocar a minha bebê pra mamar e você ver?' Ela disse 'Sim, claro!' Eu coloquei a Luíza pra mamar e ela olhou, e me disse 'Está certinho, mamando certinho, é assim mesmo!'. Me deu a dica de colocar o dedinho na boca dela pra tirar o peito (a qual eu já sabia) e pronto. Simples assim.
Mas as outras enfermeiras...principalmente uma mais infeliz, me pegaram pra Cristo. Elas perceberam a minha resistência em aprender, e me pegaram pra Cristo. Vinham, cinco, seis vezes no dia, com aquelas luvas, aquelas técnicas idiotas, me dando lição de moral.
Teve uma que veio com aquela 'técnica infalível' de cutucar a bochecha do bebê quando ele dorme. A Luíza dormiu mamando e eu passei o dedo na bochecha dela, quando a enfermeira disse "Mas não pode fazer carinho, tem que incomodar! Assim ó!" E cutucou com força a bochecha da MINHA FILHA!!!!
Agora pensem numa mulher que acabou de ter filho, passou por uma cesárea e está com os hormônios à flor da pele...Auto controle, a gente via por lá! Muito!!!

Engraçado que no meu quarto havia mais três mães e mais três bebês, mas elas ficaram invisíveis, o foco era eu, talvez pela rebeldia rs

Próximo capítulo: a fonoaudióloga.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Pós parto - No hospital

O pós parto no hospital foi o pior possível. Passei dois dias de muito estresse por lá.
Não foi ruim pela minha cirurgia, não mesmo. Mesmo com dificuldade, eu conseguia levantar, fazer as coisas, enfim, aquela história que vocês já sabem: mil vezes a dor de uma pós cesárea do que as contrações do parto normal.
Passei dois dias infernais por N motivos.

O hospital era muito barulhento, não tinha sossego, era um falatório danado. Fiquei num quarto com mais três puérperas e um banheiro onde a limpeza era feita uma vez por dia, imagina? O estado do cesto de lixo, do vaso sanitário, o mau cheiro... A água saía do chuveiro fervendo, dava até medo de cair a pressão, muito quente mesmo.

As intervenções foram váááárias. Nem eu nem a Luíza tinhamos sossego. Durante a madrugada não era tanto, mas durante o dia, de 20 em 20 minutos entrava alguém. Uma enfermeira, um médico, um estagiário..
Pra pesar: tira toda a roupa da criança que tinha acabado de dormir após duas horas no peito. Após a pesagem, mais duas horas no peito sem leite, até dormir de cansaso.
Exame de glicemia: tira o mijão e acorda a criança que tinha acabado de dormir e segura a perna pra furar o pézinho. A criança berra e volta pro peito que não tem leite.
Banho: Acorda e tira toda a roupa da criança que é hora do banho.
Exame da orelhinha, exame do pézinho, exame do olhinho.
Tiiiiiiiiira rápido toda a roupa da criança que o pediatra tá vindo aí!!
Não passa pomada, não passa talco!
E vem estagiário medir a pressão, escutar os batimentos, perguntar se está tudo bem.
E vem o médico ver o corte da cesárea e dá uns apertões na barriga super dolorida pra ver se está com gases.
Acorda que é hora do rémédio. O almoço, o café, a janta.
As enfermeiras ensinando amamentar também vinham umas cinco vezes ao dia (isso merece um capítulo a parte)
E até vacina contra Rubéola, Catapora e Sarampo eu tomei.

Foram dois dias de muito estresse, pouco respeito.
Lá, eu não tinha, e nenhuma mãe tem, autoridade pra nada. Chupeta? NÃO! Talco? NÃO! Leite artificial? NÃO! Pomada? NÃO! Bepantol no mamilo? NÃO!
Era tudo assim, com esse NÃO bem grosso e enfático. E eu não pedia opinião não, mas sempre que elas viam me davam lição de moral.

Considero que fui totalmente desrespeitada, em nenhum momento respeitaram a minha vontade e o meu jeito de cuidar da minha filha. Impuseram ordem a todo instante, todo momento, com muita grosseria e falta de educação, não respeitando as mães e muito menos os bebês.

Eu tive a Luíza na mesma maternidade do Fernando, mas o tratamento foi outro. Do Fernando já foi ruim, esse foi pior. Entendo que existem regras a serem seguidas, alguns exames e protocolos, pra quem teve bebê em hospital, são inevitáveis, mas a falta de respeito foi demais, ultrapassou os limites. Eu não era livre lá, era um pau mandado. Passei dois dias que pareceram uma semana, e no dia da alta, eu estava sentindo amortecido perto do cóccix, mas fui louca mesmo e não disse nada, disse que estava ótima, pra vir embora. Eu não contrariava as enfermeiras, pelo menos tentei não fazer isso na frente delas, pra não me segurarem lá. A vontade que eu tinha era mandar pra puta que pariu e enfiar a mão na cara de uma, mas eu me controlava pra poder ter alta.

Quando chegou a hora da minha saída, não saí correndo como da outra vez, nem de pijama. Troquei de roupa, penteei o cabelo, passei maquiagem! Arrumei a Luíza e saí feliz da vida, rindo e muito tranquila. Uma calma que jamais esperei ter dois dias após o nascimento. Realmente, uma gravidez é diferente da outra, mas dessa vez consegui controlar o meu psicológico, pois várias vezes me via caindo, sucumbindo e não sei da onde tirava forças pra levantar e seguir em frente.

sábado, 8 de março de 2014

O Parto

Então eu estava numa situação de tudo ou nada, de agora ou nunca. Soube que o meu médico cesarista, que fez todo o meu pré natal, dava plantão um único dia na semana no hospital que eu teria a Luíza. Esse dia era quinta feira, dia de consulta. Numa madrugada de insônia, pensando se ele aceitaria ou não o meu pedido, tive um medo: e se o plantão dele começasse na madrugada de quarta pra quinta? Minha única chance teria ido por água abaixo. Então, antecipei por conta própria o dia da consulta e na quarta de manhã apareci no posto pedindo um encaixe.
Ao entrar na sala, o médico perguntou o que estava acontecendo, se eferindo ao adiantamento da consulta. Eu tavatão nervosa que só falei abobrinhas, disse que eu estava nervosa, há dias sem dormir por medo do parto e que queria cesárea. Ele se espantou achando que eu queria a cesarea naquele momento, e disse que se me encaminhasse para o hospital o médico me mandaria de volta pra casa, pois eu estava sem dor e sem dilatação, mas que ele poderia fazer a cesárea no dia seguinte, e que era pra eu ir ao hospital às 14:00, que ele chegava às 13:00.
Mal coube em mim de contentamento. A todo momento pensamentos pessimistas me rodeavam, como por exemplo: e se ele, por algum motivo, não for trabalhar amanhã? Mas eu tive auto-controle, o que pra mim é difícil, muito difícil.
No dia seguinte lá estava eu, meu marido, Fernando, minha mãe e meu pai. Chegamos na maternidade 13:00 hora. Tinha bastante gente pra ser atendida, grávidas com dores de parto que voltavam pra casa. Teve uma que se recusou a ir, ficou na portaria, pois estava de 35 semanas e com contrações. Enfim, ele me examinou e começaram os procedimentos.
Fiz minha ficha de internação, a atendente perguntou se minha cesárea estava agendada (com um certo ar de especulação), eu disse que não.
Deitei numa maca e me colocaram no cardiotoco. Fiquei lá por 15 minutos, e respondendo perguntas.
Achei que ia direto dali para a cirurgia, perguntei pra enfermeira se eu podia avidar meu marido que eu tinha entrado, pois ele não tinha visto, e ela me disse que não, e perguntou em tom irônico se ele estava com pressa.
Saí dali e fui pra sala de preparo. Deixamos as malas no quarto e fomos. Fui orientada a colocar a camisola e deitar na maca. Ok, deitei na maca e a enfermeira me pediu para trocar de maca, OK. Lá veio ela passar a sonda. Não doeu mas ardeu, e fiou ardendo, fiquei com aquela sensação de querer fazer xixi. A enfermeira me pediu pra passar pra outra maca e eu seria levada, Ok! Fácil que é levantar e deitar com aquele barrigão e dor nas costas..mas OK, essa enfermeira pelo menos era muito boazinha, delicada, prestativa, um amor mesmo.
Lá fui eu na maca pelos corredores. O tempo todo eu perguntava do meu marido, se ele poderia assistir, uns diziam que talvez, outros diziam que não. Filmar, nem em sonho! Foram categóricos, nem filme, nem foto.
Fiquei na sala de pré operatório, fiquei lá esperando por uns 20 minutos, até que me levaram.
Ao entrar na sala de cirurgia, passei pra outra maca, uma maca dura feito cimento.
Começaram os procedimentos e eu sentei pra anestesia, o médico me passou na costa um negócio bem gelado, e depois mais um bem gelado (imaginei aquilo no frio...) e depois a anestesia. Olha, doeu. A anestesia doeu bastante, eu me contraí toda, o anestesista pediu pra eu relaxar, soltar o bumbum na maca pra que fosse mais fácil, mas eu sentia o líquido entrando na coluna, não tinha fim! Com o Fernando não senti nada disso, talvez por estar  com dor de parto, a anestesia foi como uma picada de pernilongo, perto daquela dor. Após isso deitei e ao conversar com o anestesista descobri que ele era conhecido do meu marido.
A anestesia começou a fazer efeito e caiu a minha pressão, fiquei com ânsia e aquela sensação de desmaio, ele me aplicou um remédio e em um minuto eu estava normal.
Ao olhar pro lado vi o meu marido, que ficou meio assustado ao me ver naquele estado, e branca, a cor ainda não tinha voltado...Perguntei se ele estava nervoso e ele disse que sim, ainda mais me vendo daquele jeito. Eu já estava com os braços amarrados e com aquele pano no rosto.
Nota: Pra escolher parto cesárea você tem que confiar 100% na equipe, pois fica totalmente entregue.
Meu marido me deu a mão e ficamos lá, esperando. Em alguns minutos o médico disse: nasceu! E nós escutamos o chorinho. Um chorinho baixinho, bem delicado. Eu disse que estava chorando muito fraquinho e o médico, o amigo, disse que era normal, que mal tinha saído e já chorava, e que tinha feito cocô na minha barriga. Eu perguntei: 'Na minha barriga ou assim que saiu?', e ele disse 'Assim que saiu', e me mostrou nas fotos que havia tirado. Na mesma hora falei para o meu marido: 'Ela fez cocô de medo'. Sei que sim.
Eu não a vi, a não ser por foto. A levaram e trouxeram um tempo depois, pra mim pareceu bastante, tipo uns 10 minutos, mas não sei ao certo. Quando a vi no colo do pediatra, estava limpa e de pulseirinha. Ela tinha o rostinho que eu imaginava, diferente do Fernando que nasceu totalmente diferente do que eu pensava. Luíza era, parecia, miudinha e branquinha. O médico colocou o rosto dela junto do meu e eu disse "Oi meu amor...pronto, já passou!!"
Nasceu as 16:10 com 3,530kg e 50 cm, com apgar 9/10.
Meu marido saiu da sala e eu fiquei lá um tempão, a Luíza tinha sido levada e me disseram que trariam dali uma hora. As enfermeiras me limparam, me passaram pra outra maca e fui pra sala de pós operatório. Fiquei lá por uma hora. Senti coceira nos braços, seios e rosto, mas disseram ser normal, dava pra suportar. Não me senti mal por não mexer as pernas, me sentia relaxada e nem tentava mexer, me sentia muito cansada...não entendo porque se não fiz nada, mas parecia que tinha corrido uma maratona.
Fui para o quarto, me passaram pra cama e trouxeram meu marido e a Luíza. Na mesma hora vi que o olho dela estava vermelho e inchado, eu sei que foi aquele colírio. A colocaram no meu seio direito e ela abocanhou e sugou super forte! Eu disse "Olha, ela pega certinho, sabe mamar direitinho!!"
Meu marido saiu e entrou minha mãe. Luíza ficou ali em cima de mim, mamando e dormindo, já com a roupinha que eu havia separado pra ela, e de banho tomado. Ficou ali por horas...
Quando foi 22:00 levantaram a cabeceira da cama e trouxeram alguma coisa pra eu comer, mas eu já havia tomado uns golinhos de suco Ades da minha mãe, pois estava em jejum desde as 9:00 e com a boca seca.
Assim foi o nascimento da Luíza. Bonito? Não. Mas no auge do meu egoísmo, confesso, ainda prefiro todo esse sofrimento do que a dor do parto normal. Se a minha filha prefere? Certamente que não. As lembranças são doloridas, jamais me sairão da memória, mas pra mim, infelizmente, o parto, ou nascimento, é uma passagem pela qual eu tive que passar para ter os meus filhos. É natural, deveria ser encarado por mim com naturalidade, mas encaro como parte do processo, a parte ruim, dolorosa, a qual deve ser superada a cada minuto. A cada minuto que passava eu pensava 'menos um', a cada dificuldade superada eu pensava 'menos uma'. Foi sofrido sim, pra mim, pra Luíza principalmente, eu sabia que seria mas ao ver tudo fica ainda mais dolorido. Fez parte e tinha que ser assim.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Pré Parto

Ia colocar como título: "Tensão Pré Parto", mas deixa pra lá.

Hoje completei 38 semanas e 4 dias. Eu queria, minha gente, vir aqui e dizer que estou curtindo os últimos momentos, curtindo o barrigão, aproveitando porque a Luíza nunca mais voltará aqui pra dentro, fazendo chás de despedidas e tudo mais. Mas em verdade, em verdade vos digo: quero tê-la do lado de fora o mais rápido possível. Podem me julgar, podem dizer que sou insensível. Em alguns dias posso estar em prantos ao lembrar que tive esse pensamento, mas é a verdade e a verdade tem que ser dita.

1) A grávida chata

Quando eu estava lá pelas 24 semanas de gestação, encontrei uma amiga que estava com 35 semanas. Ela foi tão esquisita, não deu um sorriso, não deu muita 'trela' e já saiu andando, respondeu as minhas perguntas (chatas!) com uma cara de 'devia levar num gravador essa resposta' que eu fiquei achando que ela não gostava de mim, que não tinha gostado de me encontrar ou que eu tinha feito alguma coisa que a tivesse deixado chateada. Mas agora, ah, como eu entendo!!

Estou cansada de responder essas perguntas. Quando vou à casa da minha mãe, que fica alguns quarteirões daqui, devo parar umas 5 vezes no caminho responder as mesmas perguntas. Eu sei, eu sei, as pessoas me querem bem, nascimento é uma festa, criança é uma bênção, mas eu estou cansada de ouvir "Não nasceu ainda??" , "Pra quando é?" , "Nossa que barrigão!!" , "Você está bem gorda, hein?" , "Vai ser parto normal?" , "E o Fernando, tá com ciúmes?". Gente cansa. Cansa, gente! Tenho certeza que assim como a minha amiga, eu fui 'rude' algumas vezes, mas em minha defesa: eu zelo pela minha sanidade mental (embora não pareça).

2) Os desconfortos no final da gestação

Outra coisa que tem feito com que eu queira que o tempo voe são os desconfortos desse finzinho de gestação. Uma pressão no baixo ventre, que às vezes vem com cólicas. Em alguns momentos (acho que quando a Luíza se mexe de alguma forma) sinto dor no intestino, uma sensação estranha de dor de barriga + intestino preso + gases presos. Chego a andar curvada.
O fígado coitado, dependendo da posição, é espremido mais que limão.
A bexiga...ah, a bexiga! Já não passo uma hora sem ir ao banheiro. Corro para o banheiro e quando sento no vaso, uma, duas gotas apenas. À noite piora, acordo com contrações por causa da bexiga cheia e tento correr para o banheiro, mas é impossível, pois a dor na lombar mal permite que eu ande, quem dirá que eu corra. Levanto manca feito um zumbi no escuro e vou até o vaso umas 5 vezes durante a noite. Já deixei o marido de sobreaviso, não é pra ele se assustar se vir uma zumbi manca descabelada andando pela casa de madrugada no escuro, direto do The Walking Dead.
Tem também a falta de ar, falaremos a seguir.

3) Contrações

As contrações são bem incômodas e agora me dão falta de ar (novidade pra mim). Quando vem chegando uma contração, o medo se instala, a tensão também. Tento não pensar mas não consigo. Quanto mais eu mentalizo a contração, mais forte ela vem, e mais incômoda. A barriga fica torta, quadrada, de todo jeito. Fica por uns segundos e vai embora, mas aparecem váááárias vezes ao dia, e de madrugada principalmente.

4) Dor de garganta

Há uns três meses a gripe tenta me pegar, sem sucesso. Porém, agora, na reta final, ela me pegou. Estou com a garganta inflamada (com pus), com uma tremenda dor no corpo, nas articulações. Aquele resfriado típico: boca seca, uma sensação de febre (porém estou sem, amém!). Derrubada mesmo. Fico imaginando que legal seria entrar em trabalho de parto assim, nessas condições...

5) A ansiedade

Acho que a ansiedade é a campeã, a principal vilã por me fazer querer que a gestação passe rápido.
Quando eu estava grávida do Nando, além de não sentir tanto desconforto (pelo que eu me lembro...) eu tinha a expectativa romântica do parto normal. A minha ansiedade era um friozinho na barriga, acompanhado de um sorriso no rosto, esperando a chegada do meu filho como eu via nos vídeos de parto humanizado.
Agora...agora, minha gente, eu sei que o buraco é mais embaixo. Não desisti da cesárea agendada!
A cada contração mais dolorida penso no que posso vir a sentir se o TP engrena. Me passa todo aquele filme de moça sofrida na primeira gestação. Queria ir ter a minha bebê tranquilamente, penteada, sem gemidos, sem dor, sem gritos de desespero, sem implorar por misericórdia ajuda de alguém...
Queria ir assim, como tanta gente vai. Andando, conversando, normalmente.
Toda noite pra mim é um sofrimento, pensar que posso passar por todo TP de novo. E esse é o principal motivo de eu desejar que o tempo voe, não aguento mais essa incerteza.

Agora, uma coisa é certa: eu sei que gravidez não é doença e parto também não. Por isso, o que me dá forças pra enfrentar seja lá o que for, é pensar na saúde da minha Luíza e na de todos nós, saber que todo esse processo, difícil eu diria, tem um propósito, e é um propósito maravilhoso.

Acho que só volto agora com o relato do parto. Espero que sim!
Torçam por nós, por mim.



sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

34 semanas

Oi genteee! Tudo bem com vocês??
Vim contar uma coisa: não vejo a hora de ter minha Luíza nos braços!!!
Confesso, nesse finalzinho tenho reclamado demais, não devia, eu sei...mas é que sou assim, fazer o quê? Reclamo mas tenho plena consciência que as coisas são assim e é assim que tem que ser.
Passo noites e noites sem dormir pensando na hora do parto, minhas noites tem sido assim:
"O PN pode não ser tão ruim dessa vez..quem sabe melhor que a cesárea?? Não não...cesárea não tem dor...Mas e o Nando? Quero voltar logo do hospital....Quem sabe se eu recusar a episiotomia e o soro? Isso, vou recusar! Mas...e se judiarem da minha bebezinha por ficarem com raiva de mim? Do ser humano não se duvida de nada...e se eu recusar a episio e a enfermeira me rasgar com a mão na hora da bebê sair? Sim...porque paciência de ver o bebê nascer ela não vai ter, eu sei, eu sei como é..uma linha de produção onde tudo tem que ser muito rápido e frescura não é bem vinda. Quem sabe vai ser um parto bem rapidinho...quando eu menos esperar, vupt, nasceu!! Ai...e se demorar como do Fernando....4 dias com contrações, não vou aguentar!"
Como vocês viram estou bem ansiosa e bem insegura. Apesar de acreditar fielmente que os bebês sabem nascer e as mamães sabem parir, comigo a coisa é diferente, mas como não tenho escolha, só Deus sabe o que será no nascimento da Luíza.

Então, estou cansada agora no final, não sei se é porque a gravidez não é mais uma novidade pra mim, ou se é o calor que está infernal, mas tenho sentido uma vontade enorme de que o tempo passe rápido, depressa!! Não penso como na gravidez do Nando, que eu sentiria saudade da barriga...não. Na verdade a única coisa boa é sentir os movimentos da minha filhinha dentro de mim...porque, não vou mentir, não tenho curtido nada! Pode ser que eu me arrependa de dizer isso, principalmente naquela fase Baby Blues...mas a verdade é essa, estou ansiosíssima pela chegada da minha bebê, quero muito amamentar, carregar, mimar, sentir o cheirinho, dividir esses momentos únicos com o Fernando, que aliás, já riu muito hoje perguntando por onde a Luíza ia sair e se minha barriga ia ficar com um buraco, eu disse que não ia ficar buraco nenhum, que ela ia sair por baixo e ele riu como quem desacredita...dizendo "Sair por baixo?? Aiai...sair por baixo...." Tipo, só você mesmo! rsrsrs

Então minhas amigas, é isso, ainda faltam algumas semanas, eu aposto no comecinho de Março. Será que ela vai nascer sambando? Acho que não, acho que eu é que vou sambar pra ela nascer.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Feliz 2.014

Como sempre a minha retrospectiva vem de jegue rsrs
Sempre acho que não vou fazer retrospectiva mas chega no último dia do ano e lá estou eu, analisando tuuudo o que fiz o ano inteiro, e adoro isso!
O ano de 2.013, bem, não quero ser ingrata, então não vou dizer que ele não foi bom, pois analisando pelo lado óbvio da coisa, é claro que ele foi bom, temos saúde, temos casa, comida, emprego, filho saudável que é o que mais importa, enfim...essa clichezada toda. Mas analisando pelo meu lado pessoal, acho que não foi tão bom.
No geral penso que passei o ano cansada e trabalhando.
Em Janeiro fiz 27 anos, estava super feliz, como todo começo de ano.
Em Fevereiro o Fernando começou na escolinha! Uma mudança e tanto, o começo de uma jornada que ele irá percorrer até seus vinte e poucos anos ou mais, quem sabe. Nada fácil, pois esse ano foi também o que ele ficou mais doente por conta disso, foi ao médico mais vezes, passou semanas sem conseguir dormir e eu ao lado, tentando vaporizar o quarto com o umidificador de ar e toalha molhada, ele com aquela tosse seca, tossia a noite inteirinha, acordava com os olhos inchados e com olheiras, terrível de ver, meu menino que sempre foi saudável estava assim, semana sim semana não, e além de tudo eu tinha que aguentar família falando que 'Isso é normal' que 'Criança é assim mesmo' e que ele TINHA que continuar com a escolinha. Fernando faltou tanto que a diretora ligou em casa, mesmo eu ligando lá e dando satisfações, ela ligou e disse que ele não poderia faltar mais. Ele perdeu muitas atividades, festinhas, dança da primavera (porque estava com 39ºC de febre na hora da dança, eu queria que ele fosse e ele até queria ir, mas dormiu e acordou pior, não teve jeito). Quando a professora entregou as atividades do ano, deu um aperto no coração de ver que MUITAS estavam em branco, mas sei que foi o melhor assim, pois se estava em branco é sinal de que ele estava em casa fazendo o que mais gosta: dormindo, jogando, assistindo desenho, correndo pra lá e pra cá, isso me deixa feliz! Fomos contra todos e deixamos que ele faltasse sim, e acredito que esse ano será igual caso ele fique doente, eu NÃO VOU LEVAR O MEU FILHO DOENTE PARA A ESCOLINHA, e enquanto ele não ficar ÓTIMO ele não vai, pode ligar diretora, pode ligar até o Papa aqui em casa, pois vê-lo saudável não tem preço e ele não dá um espirro quando não vai à escolinha, mesmo andando descalço o dia inteiro, só de cueca, brincando no quintal com água e tomando sorvete.
Depois de Março o que eu lembro foi só trabalho, até Julho, que foi quando eu descobri a gravidez, esse foi outro marco de 2.013. Passei mal por alguns meses, e quando eu vi já tinha chegado o aniversário do Fernando.
A festinha de aniversário foi emocionante, ao vê-lo tão feliz, e a carinha dele na hora do parabéns..vê-lo tão querido, com tantas crianças e brincando tão feliz, encantado com a festinha, foi realmente emocionante. E foi frustrante por eu ter perdido o controle das coisas em alguns momentos, e isso gerou até uma briga com meu pai, a pior do ano, e isso é outro destaque negativo. As brigas com o meu pai foram muitas, e esse ano também foi o que mais baixou minha auto-estima, chegando à zero, ao fundo do poço.
O que eu me lembro de 2.013 foi isso, basicamente. Claro que eu 2.014 quero repetir o que acertei e mudar o que eu errei.
Em 2.014 eu:
Não quero me estressar com bagunça, pois trabalho fora, tenho um filho 9em breve terei dois), dois cachorros e um gato pra cuidar.
Não quero deixar o cansaço me derrubar, não mesmo, lutarei contra ele, contra a preguiça e contra o sono.
Não quero me sentir tão cansada, tenho me sentido uma mulher de noventa anos, mas sou jovem e devo agir como tal.
Desejo ter DISPOSIÇÃO!
Desejo melhorar minha auto-estima e não ser mais insegura.
Não quero mais brigar com o meu pai...mas ainda não sei o que vou fazer pra conseguir isso.
Não quero pessoas falsas ao meu redor, não preciso disso. Definitivamente vou parar de ser legal com todo mundo.

As esperanças se renovam, agora é só correr pro abraço!!!